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Mostrando postagens de abril, 2010

Vanity Card #269

"Sempre acreditei que parte de nosso problema em resolver as questões raciais na América vem de nossa inabilidade em nomear apropriadamente o que somos. Tirando os ocasionais Johnny e Edgar Winter, não existem pessoas brancas. Qualquer criança com uma caixa de lápis de cor pode lhe dizer que as pessoas brancas são, na verdade, bege. As mais doentes são acinzentadas. Seguindo essa lógica dos lápis de cor, pode-se facilmente perceber que não existem pessoas pretas. Elas são marrons. Ou talvez ocre cru. Ou ainda cor de terra queimada. Francamente, toda vez que escuto alguém comentar sobre o primeiro presidente negro da América, sempre penso, "Não, ele não é negro. Está mais para caramelo." E é por isso que acho que deveríamos nos acostumar a chamar-nos pelo que realmente somos. Como alguém pode discriminar uma pessoa racialmente chamando-a de "begezona" ou "ocre"? Não pode. Porque é exatamente o que a pessoa é. A melanina não mente. Compre uma caixa de

Tempestade Interior

E para quem achava que seria fácil, não, não é, ninguém realmente prometeu que o seria. Mas as linhas puxam para outro lado, a mínima espessura deixando suas marcas na pele. E ceder ao impulso natural, à tendência que surge de dentro, é uma missão tão difícil quanto não abrir mão de nada. Por mais que tudo possa ir a todos os lugares dentro de algumas condições, é fato cristalino que não se pode seguir todos os caminhos ao mesmo tempo. E então chega o desejo de mudança, de tudo novo. Parece que todo o corpo começa a entrar em ebulição, a arder, a coçar, a inquietar-se. E essa tempestade vulcânica só acaba quando o temporal passa, a seu tempo, a sua hora e lugar.