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Mostrando postagens de outubro, 2008

Que não demore

Sinto que o dia tarda a acabar. As horas se esticam, os minutos grudam em mim vagarosos, pesados. O que é o tempo sem ti? Uma linha infinita, brilhante, muito brilhante, ofuscante. Uma linha sem meu ponto final. Não há graça no raiar do dia se ele não prenuncia teu sorriso. Vejo teu nome por todos os lados. As letras dançam, gozando de mim. Cruzo esquinas erradas, perco o rumo. Tudo tenho vontade de te perguntar. De apenas ouvir tua voz. A voz que tão carinhosamente me acaricia, nas noites ternas e quentes de sabor. Esse teu timbre que me abraça e em poucos segundos acaba com toda a tristeza. Não há o que fazer com a saudade de teus olhos, doces preciosidades, perscrutando minhas intenções. A falta de ser observada é imensa. Preciso de ti para contar de mim. Do único endereço amigo nessa terra de estranhos. O Rio sem ti não tem sol, não tem mar, não tem cais, e os barcos fogem daqui.