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Mostrando postagens de novembro, 2008

Desvendado

Há um clima geral de amizade por aqui. Mas não se encaixa. Querem o amor instantâneo, sem esforços. Desculpem-me, mas isso é muito enjoado, tais escolhas são a dedo. Avalia-se a longo prazo, pondera-se seus lados positivos, suas gentilezas e sorrisos. E, apesar de não ser competição, vence a mais digna. Não quero perder tempo com frivolidades. Gosto de idéias, de pessoas com idéias, da vontade e disposição tão raras por todo lado. Abomino músicas que não são músicas, o desafino, a dissonância, a autoridade com que se impõem. O mais importante, aqui, agora, sempre, é o coração. Então meus amigos têm coração, a ternura essencial em dose única para sustentar-nos face às tormentas do mundo. Eis meu mistério.

Hipoalergia

Tem tanta coisa. Tanta hipocrisia. Diferentes. Já tinha-me acostumado a um tipo; cansada dele, o perdi acidentalmente. E aí era felicidade, alegria, mais alegria que felicidade pela possibilidade de uns poucos (ah, se soubesse) meses sem teatro. E esse redemoinho me joga de novo em um tufão delas, das gordas, das chatas, das intoleráveis. Refinei-me com a idéia de não existirem mais. Agora, retrocedo-me ao passado, aos antigos modos feudais, para ver a vida como os outros a pintam. E não como ela é. Manterei a venda até que ela se rasgue sozinha mais uma vez. E veremos o nome do próximo herói.