Do/Ao Dia 17
Dizem por aí que a vida da gente precisa de alguém. Aquele especial que vai trazer as verdadeiras felicidades e os mais improváveis prazeres. Nunca acreditei nisso. Desde pequena, sempre quis viver por mim mesma. Tive meus casos, é claro, mas, ainda assim, não esperava muito deles. O que importava era o momento, e sempre foi assim. Tinha horrores à idéia do príncipe que me levaria ao seu castelo e seríamos felizes para sempre. Claro, eu me achava uma boa arquiteta. Sabia que meu castelo seria muito mais bonito do que qualquer castelo pré-moldado que alguém viesse a me oferecer.
Aí veio um outro alguém, rompendo meus alarmes e barreiras de proteção. Fazendo o que muitos já tinham feito, só que de um jeito inesperada e deliciosamente diferente. E não sei se faço mal em afirmar aqui que o mérito não era exclusivamente teu. Tinha algo mais no ar, provavelmente o teu perfume, que me derrubou em uma única laçada. Esse teu cheiro boêmio, teus dentes magnéticos e tua fala tão sublime. Levou-me às nuvens em poucas horas, e de lá eu vi, assustada de início, o terreno onde separavas as pedras e as madeiras. Quis voltar num átimo para a terra, para o meu cantinho sossegado. Os barulhos da construção tiravam meu sono, incessantes, lastimáveis, contínuos, contínuos, contínuos.
Foi então que entrei na fase mais lembrada dos sonos: imagens passavam pela minha mente, vivas, coloridas e fugazes. Passei a me entristecer sempre que se esvaíam. Tornaram-se meu refúgio, elas, tuas invenções. E a energia infantil pulsante em mim passou a exigir mais, cada dia mais, do vício de teus beijos e palavras. Não eram sensações totalmente novas, porém completamente austeras em seu poder e ricas em seus detalhes e força.
Começo a aceitar agora outra máxima, derivada da primeira, mas corrigida: o amor completa as felicidades e multiplica os prazeres antes já muito imaginados. Que me chames de tonta, de boba ou de insensata; posso e até devo ser isso e mais. Agora, teu sorriso me trouxe um renovado estoque de gostares e quereres, e sou muito grata a ti. Obrigada por hoje, por ontem, por esse mês, por fevereiro, por janeiro, por dezembro, por novembro, até – por que não? – por outubro e pelos dias que com tanto cuidado preparas para mim. Como é grande meu sentimento por ti (costumam crescer rápido esses bichanos, lembras?)!
Aí veio um outro alguém, rompendo meus alarmes e barreiras de proteção. Fazendo o que muitos já tinham feito, só que de um jeito inesperada e deliciosamente diferente. E não sei se faço mal em afirmar aqui que o mérito não era exclusivamente teu. Tinha algo mais no ar, provavelmente o teu perfume, que me derrubou em uma única laçada. Esse teu cheiro boêmio, teus dentes magnéticos e tua fala tão sublime. Levou-me às nuvens em poucas horas, e de lá eu vi, assustada de início, o terreno onde separavas as pedras e as madeiras. Quis voltar num átimo para a terra, para o meu cantinho sossegado. Os barulhos da construção tiravam meu sono, incessantes, lastimáveis, contínuos, contínuos, contínuos.
Foi então que entrei na fase mais lembrada dos sonos: imagens passavam pela minha mente, vivas, coloridas e fugazes. Passei a me entristecer sempre que se esvaíam. Tornaram-se meu refúgio, elas, tuas invenções. E a energia infantil pulsante em mim passou a exigir mais, cada dia mais, do vício de teus beijos e palavras. Não eram sensações totalmente novas, porém completamente austeras em seu poder e ricas em seus detalhes e força.
Começo a aceitar agora outra máxima, derivada da primeira, mas corrigida: o amor completa as felicidades e multiplica os prazeres antes já muito imaginados. Que me chames de tonta, de boba ou de insensata; posso e até devo ser isso e mais. Agora, teu sorriso me trouxe um renovado estoque de gostares e quereres, e sou muito grata a ti. Obrigada por hoje, por ontem, por esse mês, por fevereiro, por janeiro, por dezembro, por novembro, até – por que não? – por outubro e pelos dias que com tanto cuidado preparas para mim. Como é grande meu sentimento por ti (costumam crescer rápido esses bichanos, lembras?)!