Do/Ao Dia 17
Dizem por aí que a vida da gente precisa de alguém. Aquele especial que vai trazer as verdadeiras felicidades e os mais improváveis prazeres. Nunca acreditei nisso. Desde pequena, sempre quis viver por mim mesma. Tive meus casos, é claro, mas, ainda assim, não esperava muito deles. O que importava era o momento, e sempre foi assim. Tinha horrores à idéia do príncipe que me levaria ao seu castelo e seríamos felizes para sempre. Claro, eu me achava uma boa arquiteta. Sabia que meu castelo seria muito mais bonito do que qualquer castelo pré-moldado que alguém viesse a me oferecer. Aí veio um outro alguém, rompendo meus alarmes e barreiras de proteção. Fazendo o que muitos já tinham feito, só que de um jeito inesperada e deliciosamente diferente. E não sei se faço mal em afirmar aqui que o mérito não era exclusivamente teu. Tinha algo mais no ar, provavelmente o teu perfume, que me derrubou em uma única laçada. Esse teu cheiro boêmio, teus dentes magnéticos e tua fala tão sublime. Levou-me...