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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Rio Rasante

Hoje me peguei pensando nessas letras que te são comuns. Outra vez, admito. Por mais que tentasse me distrair, as horas passavam lentas e arrastadas, esperando pelas voltas do ponteiro. Queria que chegasse logo. Mesmo sabendo que não adiantaria muito. Ainda assim, era uma desculpa para aquele recado há tanto planejado e repensado. Um motivo a mais para falar contigo, ainda que, por mim, não precisássemos de motivo nenhum além do óbvio. Faz calor aí, eu sei. E chove. Mas as águas por aqui tampouco deram trégua; queimaram minha pele pelo simples desejo de melhorar tudo. As bestas animalizadas que te assustam o sono também me aparecem em pensamento. Fico preocupada ao me lembrar da selva em que te encontras, e acabo esquecendo a própria selvageria que me come a alma de pouco em pouco. Hás de ficar contente quando souberes que tudo vai bem pelas montanhas e que me aproximei de vez do que nos liga. Da vida que pulsa em cada um temerosa pelo que há de vir. Só sei que o verde dessas matas re

Por fim,

L'oiseau est transformé dans quelque chose d'autre qu'heureux. Ainda me lembro bem do dia em que primeiro ouvi teu nome. Desde o começo, viera ligado a uma parte do meu futuro que eu mesma desconhecia. Não demorou muito para que virasse rotina, termo constante nas minhas madrugadas insones. Admito agora que aprendi contigo a não dormir, muito antes de te conhecer. Fazia de tudo para ficar acordada e poder trocar umas palavras a mais, ver outro sorriso gelado escapar sem querer e conseguir aos poucos pequenas e deliciosas confissões. Meu dia passou a ter mais graça à noite, a fazer mais sentido sob as estrelas. Perdi a conta das vermelhidões que me perpassaram o rosto com palavras quentes e risos ternos. Ainda hoje me vejo acordada abraçando a escuridão da lua até que ela também desapareça por mais algumas horas. Depois de umas quantas semanas assim, pude finalmente me esquentar com teus braços seguros, afundar a cabeça em teu peito aberto e me inebriar com o perfume d