Um mergulho da alma
Depois de um maravilhoso dia de sono, desperto com a alegria renovada de quem cumpriu seu dever. Abro as janelas para respirar o ar fresco de um fim de tarde. O sol ainda brilha tênue no horizonte enquanto pego uma calcinha limpa e uma regata e atravesso o quarto até chegar no banheiro. Esqueço a porta aberta, mas não há ninguém em casa. Desço as calças do pijama, que deslizam pelas pernas como cetim e logo caem ao chão. A calcinha é a próxima, e tem o mesmo destino da blusa. Passo uma escova pelas mechas revoltosas do cabelo, tirando os nós do travesseiro agitado de sonhos. Vou até o boxe e me aventuro com a ponta do pé no mármore gelado. A temperatura sobe em calafrios pelos dedos, tornozelo e perna. Estico a mão e abro o chuveiro. Bem pouco, só um filetinho de água fervente. O choque térmico me preenche com uma sensação de prazer infantil. Sei que posso mais. Continuo a virar a válvula e a água cai num jorro pesado de gotas translúcidas. Passo o outro pé para dentro do boxe, e me a...